Crianças que acompanham apresentações artísticas produzidas especialmente para os pequenos ganham suportes para evitar e superar problemas fonoaudiológicos, no desenvolvimento da coordenação motora e, até, situações como déficit de atenção e autismo, é o que afirma a fonoaudióloga Roberta Lima, 35.
A arte, principalmente quando envolvendo música, ajuda para que os pequenos desejem se movimentar, cantar junto e interagir – principalmente quando a produção é presencial e envolve um ambiente repleto de outras crianças. O suporte ocorre de maneira ainda maior para os espectadores que têm até sete anos de idade, fase em que a criança está ‘finalizando’ a sua personalidade basilar.
“O desenvolvimento do português, desde a interpretação até a gramática: por conta das letras das músicas, ganha colaboração. Até a compreensão da matemática ganha melhorias, por conta das percepções de ritmos”, pontua a pediatra Margaret Fialho, 64.
Kamile Levek, 34, responsável pelo Canela Fina, grupo que faz apresentações musicais para o público infantil e que também dá aulas de inicialização musical, conta que o poder de improvisação de uma criança de sete anos é sempre maior quando passou a acompanhar projetos artísticos de perto desde menor.
Na Bahia, alguns grupos ativos nas áreas teatrais e musicais (que, inclusive, misturam ambas as artes na maior parte das apresentações), criam ou participam de variadas programações infantis pela cidade. Alguns dos grupos, inclusive, oferecem aulas artísticas para crianças de diversas idades.
Fique de olho nas indicações e acompanhe nas redes sociais para incluir os pequenos:
MÚSICA
1. Playgrude
O Playgrude surgiu a partir da gravação de um disco infantil, com nove músicas inéditas de Marcela Bellas e Helson Hart, interpretadas por diferentes artistas da nova cena musical baiana. O disco acabando gerando uma série de shows para crianças “de todas as idades” (como afirmam os artistas), o que levou o grupo a ir adiante.
A proposta do Playgrude é dialogar com o público infantil através do seu universo de interesse e cotidiano. O repertório traz as músicas do CD do Playgrude (indicado ao Prêmio da Música Brasileira) com temas como saúde, futuro, reciclagem, escola e amizade.
Quem conduz o Playgrude é a cantora e idealizadora do projeto Marcela Bellas , junto com mais três artistas, Saulus Castro (ator e diretor de teatro), Giovana Severo ( atriz) e Jel Oliveira (atriz e educadora). As apresentações contam com com coreografias, letras e instrumentos.
Veja um minidocumentário com músicas do CD:
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2. Canela Fina
O Grupo Canela Fina foi criado em Salvador no ano de 2010 com o intuito de fazer música com e para as crianças. Atualmente é dirigido por Kamile Levek, profissional com Licenciatura em Música. Kamile já acumulava composições com viés educativos, para serem trabalhadas em aulas de música.
Com amigos, a musicista resolveu desenvolver atividades de musicalização infantil e composições musicais especiais para este universo. Além do contato direto com as crianças na relação de ensino, a maioria dos integrantes são provenientes do meio acadêmico e desenvolvem pesquisas científicas nas áreas de Educação Musical, Psicologia da Música e Arte Terapia.
Assim, a principal proposta do Grupo Canela Fina é proporcionar ao público infantil músicas com arranjos próprios e instrumentações variadas, aperfeiçoando a percepção e apreciação de valores como família, amizade e descobertas do mundo ao redor.
Em 2013, Angelita e Kamile, as principais sócias do projeto, resolveram fortalecer o trabalho de musicalização infantil que já vinham desenvolvendo na cidade de Salvador, fundando assim o Canela Fina Musicalização Infantil, que trabalha música com crianças de 0 a 10 anos de idade. As educadoras têm experiência na área desde 2003, quando iniciaram a carreira de educadoras musicais.
Com aulas de inicialização musical para as crianças.
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3. Turma da Criançada
Na banda Turma da Criançada, comandada por Bruna Abade (Nuna Luz), a missão é de levar informação e brincadeiras aos pequenos espectadores, através da música, teatro, dança e recreação. Os arranjos ficam por conta Diego Moreno, Músicos da Orquestra de Rumpilezz, entre artistas e músicos convidados que compõem o cenário musical baiano.
Interativa e com um repertório diversificado e estruturado para o universo lúdico das crianças, a banda tem composições próprias, texto teatral educativo elaborado e integrado ao show. As influências musicais são dos Clássicos da Música Infantil, Toquinho, Palavra Cantada, Chico Buarque, Balão Mágico e Adriana Calcanhoto.
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4. Gabriel Macedo: Espaço Musical
A Espaço Musical é a primeira escola de Musicalização Infantil itinerante em Salvador, voltada para crianças de todas as idades, de 3 meses a 12 anos. Como objetivo, a Espaço Musical promove o desenvolvimento da musicalidade, senso estético, coordenação, cognição, sociabilidade e a interação entre pais e filhos.
Criada em 2012, pelo estudioso músico Gabriel Macedo, o espaço passou a oferecer ao público, ainda, os shows personalizados do artista, que é um dos professores nas aulas com diversas opções de instrumentos e cantos.
Com aulas de inicialização musical para as crianças.
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TEATRO
1. Grupo Stripulia
Com espetáculos como o famoso Saltimbancos e outros textos próprios, o grupo de teatro-edução costuma fazer apresentações no teatro ISBA. Sem esquecer de clássicos da literatura infantil, como OS Três Porquinhos, os atores do Stripulia, que foca em passar mensagens sobre trabalho coletivo e outros valores, reformulam detalhes apresentações, por vezes as incluindo no universo mais contemporâneo – para maior identificação da criançada.
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2. Teatro Griô
O Teatro Griô é um grupo de pesquisa e prática do teatro que tem como fonte de inspiração a arte dos contadores de história de matriz africana, artistas populares e palhaços. Com humor e poesia, o grupo é formado por Rafael Morais e Tânia Soares, artistas Mestres em Artes Cênicas pela Ufba, além de possuírem cursos de especialização e aperfeiçoamento no Brasil, Itália e Inglaterra. Os professores dão aulas para crianças, que acabam participando de diversas das apresentações.
Os artistas do Teatro Griô contam, além da formação acadêmica em teatro (para as crianças), com técnicas circenses, teatro de rua, mímica, utilização de máscaras, bonecos e perna-de-pau, aliando essas técnicas do clown/palhaço e contador de histórias.
Com aulas de teatro para as crianças.
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3. Grupo Teca Teca
O Teca Teatro nasceu em 1998 quando Marconi Araponga e Luciana Comin participaram de uma mostra resultante de uma oficina que trazia à cena parte da obra da autora Clarice Lispector com apresentações na Bienal do Livro da Bahia.
O grupo TECA atua no circuito profissional do país, com montagens de espetáculos na dramaturgia e no audiovisual. O mote principal dos artistas fica para a pesquisa voltada ao “estado de infância”. Assim, o foco das apresentações fica para o estímulo da imaginação criativa e da plantação de sementes da teatralidade para os pequenos.
Em 2016, o grupo assumiu a direção artística do Teatro Molière da Aliança Francesa. Acumuladora de prêmios e indicações a renomadas premiações, como a do Braskem de Teatro, a Companhia tem lista de espetáculos próprios, como o mais recente O Rei na Barriga. Toda a lista pode ser conferida no site oficial (abaixo).
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4. Grupo Vánacontramao
O Espaço Aberto Vánacontramão traz profissionais de diferentes perfis, interessados no desenvolvimento pessoal do ser humano e na criação e circulação artístico-cultural, nas áreas de teatro, cinema, TV, dança, música e outras possibilidades.
Potencializando a formação profissional e buscando ampliar o acesso à arte, o espaço conta com cursos e promoções, podendo receber crianças para aulas artísticas, incluindo as menores nas inicializações musicais e teatrais, por exemplo.
Após um determinado período de curso, a criança, que integra um grupo de idade semelhante, costuma apresenta espetáculos ensaiados nas aulas, os quais podem ser assistidos pela família, por outros públicos infantis e, a depender, por um público maior em determinados teatros da cidade.
Com aulas de teatro para as crianças.
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